Cineasta douradense é selecionado para o Festival de Cinema Sul-Americano de Bonito
A edição 2023 do Festival de Cinema Sul-Americano de Bonito acontece entre os dias 4 e 11 de novembro, com exibição de filmes de todos os países do continente. O evento cultural reúne profissionais do audiovisual e apresenta as cinematografias da América do Sul. Entre as obras exibidas no Bonito CineSur, foi selecionado o curta-metragem “Cativo”, do cineasta douradense Albano Pimenta e produzido com recurso da Fundação de Cultura de MS (FCMS), via edital publicado pelo Museu da Imagem e do Som (MIS) de incentivo à realização de curta-metragem.
O filme é uma adaptação do conto literário “A Armadilha”, de Murilo Rubião, um expoente do gênero literário fantástico e foi idealizado e dirigido por Albano Pimenta, que comemora a oportunidade de ver a obra exibida em uma mostra internacional de cinema. “Nós já fomos selecionados em alguns outros eventos de cinema, mas esse é especial sem dúvida, é o primeiro no nosso Estado e também seremos os únicos representantes da nossa região”, afirma.
Durante os sete dias de Bonito CineSur, acontecem mostras paralelas do cinema sul-americano de animação infanto juvenil e de cinema de temática ambiental e mostra competitiva do cinema sul-mato-grossense. Além das premiações, estão previstos debates, encontros e oficinas de coprodução internacional, de elaboração de projetos audiovisuais e de roteiro cinematográfico.
Diálogo entre gêneros
A sinopse de Cativo apresenta o jovem Alexandre que desperta de um cochilo em uma viagem como carona e subitamente pede para descer, convicto de que aquele é o lugar que estava procurando há tempos. Depois de uma longa caminhada, em meio a reflexões, Alexandre chega ao seu algoz e inicia um duelo cheio de diálogos enigmáticos.
No elenco, Vinnie Oliveira e José Parente. O primeiro formado em Artes Cênicas e o segundo professor no mesmo curso, na UFGD (Universidade Federal da Grande Dourados). O curta conta ainda com participação de Vânia Marques.
De acordo com Albano Pimenta, a produção é uma soma de referências que torna possível a adaptação entre literatura e cinema. “O curta busca dialogar com o gênero literário, tomando como referências estilos cinematográficos como o expressionismo alemão, o surrealismo e o faroeste ao explorar o cenário rural da região”, resume o cineasta.
Esse é o segundo projeto de Pimenta voltado ao audiovisual. Em 2017, ele organizou o “Filma Aê”, também apoiado pela Fundação de Cultura de MS. O projeto oferecia oficinas em escolas públicas da região da Grande Dourados e visava fomentar o interesse dos jovens por filmes no formato de curta-metragem, assim como estimular o interesse em realizá-los.