Preço dos alimentos cai no primeiro ano de Lula 3

O ano de 2023 termina com uma boa notícia para os consumidores brasileiros: o preço dos alimentos registrou uma queda de 2,5% em relação a 2022, segundo o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), divulgado nesta quinta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

A redução foi puxada principalmente pelos produtos de origem animal, como carnes, leite e ovos, que ficaram 9,6% mais baratos no acumulado do ano. Os produtos de origem vegetal, como frutas, verduras e legumes, também apresentaram uma queda de 1,2%.

A queda no preço dos alimentos é resultado de uma combinação de fatores, entre eles a melhora na oferta e na produção agrícola, o aumento da renda das famílias de baixa renda, a retomada dos estoques reguladores e a política nacional de abastecimento, implementadas pelo governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que assumiu o seu terceiro mandato em janeiro deste ano.

 

Em seu plano de governo, Lula propôs a criação de uma política nacional de abastecimento a partir da retomada dos estoques reguladores, que são reservas de alimentos mantidas pelo governo para garantir o equilíbrio entre a oferta e a demanda e evitar a especulação de preços. Além disso, o governo ampliou as políticas de financiamento da produção de alimentos orgânicos e de pequenos agricultores, incentivando a agricultura familiar e a agroecologia.

O presidente Lula comemorou a queda no preço dos alimentos em suas redes sociais e afirmou que o seu governo está comprometido em combater a fome e a pobreza no país. “O povo brasileiro merece ter acesso a uma alimentação saudável e de qualidade, sem pagar preços abusivos. Estamos trabalhando para garantir que o Brasil volte a ser um país de todos e para todos”, escreveu.

 

A queda no preço dos alimentos também foi elogiada por especialistas e entidades do setor agropecuário, que destacaram os benefícios para a economia e para a segurança alimentar da população. Segundo o professor de economia da FGV Renan Pieri, a redução dos custos dos alimentos pode estimular o consumo das famílias e o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB). “Sem dúvida alguma, impacta positivamente no PIB. Por quê? Porque o consumo das famílias chega a representar 60% do PIB. Então esse movimento é um movimento interessante para economia”, disse.

Já o presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), João Martins, afirmou que a queda no preço dos alimentos reflete o bom desempenho do setor agropecuário, que foi responsável por 27% do PIB em 2023. “O agro brasileiro é um dos mais competitivos e sustentáveis do mundo, e tem contribuído para garantir o abastecimento interno e as exportações do país. A queda no preço dos alimentos é uma consequência natural desse cenário”, declarou.

 

A expectativa para 2024 é de que o preço dos alimentos continue em queda, devido à previsão de uma safra recorde de grãos e à manutenção das políticas públicas voltadas para o setor. Segundo o IBGE, a produção de cereais, leguminosas e oleaginosas deve atingir 289,6 milhões de toneladas no próximo ano, um aumento de 4,2% em relação a 2023.

Categoria:Politica e Economia

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