Kemp critica ausência de governador em exercício a evento em Brasília

O deputado estadual Pedro Kemp (PT), que pertence à base de sustentação do Governo do Estado na Assembleia Legislativa, criticou a ausência do governador em exercício, José Carlos Barbosa (PP), o Barbosinha, no ato do Governo Federal em Brasília, na próxima segunda-feira (8).

“Todo cidadão brasileiro deve obediência à Constituição Federal e os políticos, em especial, que aceitam participar das eleições e que foram eleitos democraticamente pela população, têm a obrigação de defender as regras da democracia e o Estado de Direito. O que aconteceu no dia 8 de janeiro de 2023 foi algo muito grave: uma tentativa de ruptura da ordem constitucional e um desrespeito ao resultado soberano das urnas. Isso deve ser veementemente repudiado para que jamais se repita, além do que não pode ficar impune. Todos os responsáveis pelos atos de vandalismo nas sedes dos Três Poderes, bem como seus financiadores devem ser punidos na forma da lei e após o devido processo legal”, declarou o deputado.

Kemp reforçou que o ato simboliza a defesa da democracia, independentemente de preferências partidárias. “Os mandatários dos governos estaduais, independente das siglas partidárias, deveriam se juntar ao presidente da República, nesta data simbólica, para reafirmar que o único caminho que o país deve percorrer é o da democracia, sempre”, concluiu.

Barbosinha alegou, via assessoria de imprensa, que já tinha outros compromissos agendados. “O governador Eduardo Riedel está de recesso e retoma o comando do Estado no dia 15.01. O vice-governador, Barbosinha, que está à frente da gestão estadual, interinamente, já havia marcado uma série de agendas  públicas no interior de Mato Grosso do Sul, razão pela qual não poderá estar presente em Brasília no próximo dia 8 de janeiro”, diz a justificativa.

A vereadora da Capital, Luiza Ribeiro (PT), também lamentou a ausência de representante de Mato Grosso do Sul no evento. “É um erro do governador de MS em exercício não comparecer em tão relevante evento. Importante considerar que não se trata de ato de apoio ao Governo Lula, mas de defesa das instituições e do regime democrático em nosso país. A ausência de representação de MS poderá ser interpretada como um inaceitável silêncio diante da tentativa de golpe realizada por setores radicais da direita”, avaliou.

O evento, organizado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), a favor da democracia,  é visto como uma espécie de protesto contra a invasão do Congresso, no dia 8 de janeiro. Entretanto, políticos mais próximos ao ex-presidente, Jair Bolsonaro (PL), classificam o evento como político, o que tem afastado alguns governadores. Do sul e sudeste, de maioria de governantes bolsonaristas, apenas Eduardo Leite, do Rio Grande do Sul, confirmou presença.

Foto: Luciana Nassar/Assembleia Legislativa