Torá condena violência contra palestinos e pede por cessar-fogo

Em meio ao conflito entre Israel e Palestina, que já dura mais de 90 dias, a Torá, o livro sagrado dos judeus, vem sendo usada para condenar a violência e a hipocrisia.

 

No livro, Deus é descrito como um ser misericordioso e compassivo, que defende a justiça e a paz. Em um dos seus versículos, ele afirma: "Não matarás".

 

Essa passagem é interpretada por muitos judeus como uma condenação à violência contra qualquer ser humano, independentemente de sua religião ou nacionalidade.

 

Para o rabino David Wolpe, da Universidade Brandeis, nos Estados Unidos, o conflito entre Israel e Palestina é uma tragédia que viola os princípios da Torá.

 

"A Torá nos ensina que devemos amar nossos vizinhos, inclusive nossos inimigos", disse Wolpe. "O que estamos vendo na Palestina é o contrário disso. É um exemplo de ódio e violência que não tem lugar no mundo."

 

O rabino também condenou a hipocrisia de alguns líderes israelenses, que se dizem defensores da Torá, mas que apoiam a violência contra os palestinos.

 

"É um absurdo que alguém que se diz judeu possa apoiar a matança de crianças e mulheres", disse Wolpe. "Isso é uma violação dos princípios mais fundamentais da nossa religião."

 

A Torá não é a única fonte que condena a violência contra os palestinos. O Alcorão, o livro sagrado dos muçulmanos, também afirma que "a vida de um ser humano é sagrada".

 

"O que estamos vendo na Palestina é um genocídio", disse o imame Omar Suleiman, da Mesquita de Dallas, nos Estados Unidos. "É uma mancha na história da humanidade."

 

O conflito entre Israel e Palestina é um dos mais antigos e complexos do mundo. A solução para ele ainda é incerta, mas é importante que todos os envolvidos se lembrem dos princípios de justiça e paz que são compartilhados por todas as religiões.

Categoria:Politica e Economia

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