Administrativos da UFGD rejeitam proposta do Governo Federal e greve continua
Os servidores técnico-administrativos da UFGD (Universidade Federal da Grande
Dourados) estão em greve desde o dia 18 de março em busca de melhores condições
salariais e de trabalho. Nesta terça-feira (23/4), os grevistas realizaram um
ato de concentração em frente à Unidade I da universidade, onde reafirmaram a
continuidade da greve por tempo indeterminado.
Uma das
principais reivindicações é o reajuste salarial, visto que, nos últimos 7 anos
a inflação acumulada foi em torno de 40%, enquanto os salários não acompanharam
essa realidade.
Além do reajuste, os servidores também buscam uma reestruturação
da carreira, bem como a recomposição do orçamento para as universidades que
estão sofrendo com cortes e a paridade entre as categorias, permitindo que
os servidores técnico-administrativos também concorram a cargos eletivos.
A greve não se restringe apenas à UFGD, mas também atinge
servidores lotados no IFMS (Instituto Federal de Mato Grosso do Sul) e no HU
(Hospital Universitário).
A paralisação faz parte de
uma greve nacional, que já conta com a adesão de mais de 60 universidades.
As negociações com o Governo Federal tiveram início no início de
2023, porém, não houve avanços significativos.
Uma proposta do governo federal foi apresentada na semana
passada, mas foi rejeitada em assembleia pelos servidores. A categoria aguarda
uma nova proposta do governo, que será novamente avaliada em assembleia.
O governo fez uma proposta
no dia 19 de abril, porém, fica muito longe do que é possível se
fazer, por isso foi reprovada. Dessa forma, a greve continua e não há previsão
para o término da greve.
O movimento grevista considera
que está tendo êxito, pois, antes da greve começar, a proposta do governo se
resumia a reajuste zero. Neste sentido, a decisão de seguir em greve é um
recado de que os trabalhadores vão intensificar os protestos e a pressão para
que o governo melhore a proposta.