Capitalismo em colapso: desastres climáticos como o do Rio Grande do Sul são a prova

A tragédia climática que assola o Rio Grande do Sul, com as chuvas intensas e inundações devastadoras, serve como um lembrete cruel e urgente: o sistema capitalista, em especial o Agronegócio, na busca incessante por lucro e exploração desenfreada da natureza, está nos levando para o precipício.

Negar a realidade é negar a própria vida. Os negacionistas, presentes em todos os cantos do poder, especialmente entre os CEOs de grandes corporações e aqueles que se beneficiam do status quo, fecham os olhos para as evidências inegáveis: o aumento do aquecimento global, as ondas de calor extremas, as secas severas, os incêndios descontrolados, os tornados e as enchentes apavorantes.

A Terra, com os mais de 4 bilhões de anos de história, já vivenciou diversas fases, algumas de extremo frio, outras de calor intenso. No entanto, a agressão desenfreada do capitalismo anglo-saxão, com sua obsessão por maximizar lucros à custa da natureza e da vida humana, acelerou esse processo a um ritmo jamais visto.

O desmatamento desenfreado para produção de commodities, o uso desenfreado de agrotóxicos que contaminam o solo e as águas, a poluição desenfreada do ar: tudo isso contribui para a destruição das bases naturais que sustentam a vida na Terra.

A Mãe Terra reage como pode: enviando vírus, bactérias, doenças, tufões, tempestades e, por fim, um aumento irreversível de sua temperatura. É a sua resposta à nossa irresponsabilidade e ganância.

Os gases de efeito estufa, como o CO2 e o metano, se acumulam na atmosfera como uma manta sufocante, aprisionando o calor do sol e elevando a temperatura do planeta. Em 2023, só para se ter uma ideia, foram lançadas na atmosfera 40,8 milhões de toneladas de dióxido de carbono, um número que só cresce a cada ano.

O Acordo de Paris, firmado na COP 2015, estabeleceu metas para reduzir a emissão desses gases e investir em energias renováveis. Mas, na prática, pouco foi feito. Os governos e as grandes empresas continuam priorizando o lucro acima da vida.

A conta chegou, e o preço é alto. O aquecimento global tornará regiões inteiras do planeta inabitáveis, condenando milhões de pessoas à fome, à miséria e à morte. O que estamos presenciando no Rio Grande do Sul é apenas o começo de um futuro ainda mais sombrio, se nada for feito.

Os climatólogos alertam: a ciência e a tecnologia não serão capazes de deter as mudanças climáticas em curso. O que podemos fazer agora é minimizar seus efeitos e tentar nos adaptar a um novo normal.

A Terra e a humanidade terão que se adaptar a essa nova realidade. Idosos, crianças e muitos outros seres vivos sofrerão as consequências mais graves. Transformações nunca antes vistas na história do planeta estão por vir, e algumas delas podem dizimar milhares de vidas.

Se não mudarmos radicalmente nosso modo de vida, se não abandonarmos o capitalismo predador e abraçarmos um modelo mais justo e sustentável, o futuro da humanidade estará em risco. A conta a ser paga pode ser a própria extinção da nossa espécie.

A catástrofe do Rio Grande do Sul é um chamado à ação. É hora de unirmos forças e construirmos um futuro diferente, onde a vida e o bem-estar do planeta estejam em primeiro lugar. Só assim poderemos evitar o colapso total e garantir a sobrevivência das próximas gerações.

O tempo está se esgotando. A hora de agir é agora.

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