28 de Maio: Dia para Reivindicar a Saúde da Mulher com Combatividade e Interseccionalidade
Corpos femininos: territórios de luta por justiça social
Hoje, 28 de maio, celebramos o Dia Internacional de Luta pela Saúde da Mulher, uma data crucial para debatermos as desigualdades e os desafios que persistem no acesso à saúde de qualidade para mulheres em todo o mundo. Mais do que uma mera comemoração, este dia é um chamado à ação, um convite à união e à mobilização para construirmos uma sociedade mais justa e equitativa, onde a saúde seja um direito fundamental e universal para todas as mulheres.
Desigualdades estruturais: barreiras à saúde integral
É fundamental reconhecer que a saúde da mulher não se resume apenas à ausência de doenças. Ela envolve o bem-estar físico, mental, social e emocional, e está diretamente interligada a outros fatores como raça, classe social, orientação sexual, identidade de gênero e etnia. As mulheres, especialmente aquelas em situação de maior vulnerabilidade social, enfrentam diversas barreiras no acesso à saúde integral, incluindo:
- Falta de acesso a serviços básicos de saúde: muitas mulheres, principalmente em áreas rurais e periféricas, não têm acesso a serviços básicos de saúde como pré-natal, parto seguro, exames preventivos e acompanhamento ginecológico;
- Violência contra a mulher: a violência física, sexual, psicológica e patrimonial é um problema de saúde pública que afeta a vida de milhões de mulheres, impactando diretamente a saúde física e mental;
- Disparidades raciais: mulheres negras e indígenas apresentam taxas mais altas de mortalidade materna, infantil e por doenças como o câncer;
- Preconceito e discriminação: o sexismo e a misoginia ainda permeiam os serviços de saúde, dificultando o acesso a um atendimento digno e humanizado para as mulheres;
- Falta de autonomia sobre seus corpos: as mulheres ainda lutam pelo direito de decidir sobre seus próprios corpos, incluindo o acesso ao aborto legal e seguro, à contracepção e à educação sexual abrangente.
Luta por uma saúde integral e emancipatória
Diante desse cenário desafiador, é fundamental que a luta pela saúde da mulher seja interseccional, reconhecendo as diferentes realidades e necessidades das mulheres. Precisamos de políticas públicas que combatam as desigualdades estruturais e garantam o acesso universal à saúde integral, com foco na promoção da autonomia, do empoderamento e da dignidade das mulheres.
Ações para um futuro mais justo e saudável
- Ampliar o acesso a serviços de saúde: é fundamental investir na infraestrutura e na qualificação dos profissionais de saúde, especialmente nas áreas mais carentes, para garantir o acesso universal a serviços de saúde de qualidade para todas as mulheres;
- Combater a violência contra a mulher: implementar políticas públicas de prevenção e combate à violência contra a mulher, incluindo a criação de redes de apoio e a punição dos agressores;
- Promover a equidade racial: combater o racismo estrutural nos serviços de saúde e implementar ações que garantam o acesso igualitário à saúde para mulheres negras e indígenas;
- Combater o sexismo e a misoginia: sensibilizar profissionais de saúde e a sociedade em geral sobre a importância de um atendimento humanizado e livre de preconceitos contra as mulheres;
- Garantir a autonomia corporal: defender o direito das mulheres ao aborto legal e seguro, à contracepção e à educação sexual abrangente.
Uma luta coletiva por um futuro mais justo
A luta pela saúde da mulher é uma luta coletiva que exige a participação ativa de toda a sociedade. Governos, profissionais de saúde, organizações da sociedade civil e a própria população devem se unir para construir um futuro onde todas as mulheres tenham acesso à saúde integral, com qualidade, dignidade e respeito aos seus direitos.
Lembre-se: a saúde da mulher é um direito fundamental e uma questão de justiça social. Cabe a cada um de nós lutar por um mundo onde todas as mulheres possam viver com saúde, autonomia e liberdade.
Junte-se à luta!
Participe de mobilizações e eventos em sua comunidade.
Exija políticas públicas que garantam a saúde da mulher.
Denuncie casos de violência e discriminação.
Informe-se sobre seus direitos e os direitos das mulheres.
Converse com familiares e amigos sobre a importância da saúde da mulher.