Justiça concede liberdade e Cezário terá que usar tornozeleira eletrônica
Francisco Cezário de Oliveira, de 78 anos, conseguiu liberdade após ficar 16 dias preso no Presídio Militar de Campo Grande. Ele foi preso no dia 21 de maio juntamente com outros 6 envolvidos no esquema que desviou mais de R$ 6 milhões do esporte de Mato Grosso do Sul.
O presidente afastado foi transferido na noite desta quarta-feira (5) às pressas ao Hospital da Cassems por sofrer uma suspeita de infarto. E, na manhã desta quinta-feira (6), Cezário passou pelo procedimento chamado cateterismo.
Desta forma, os advogados de defesa, André Borges e Julicezar Barbosa, pediram que possem impostas medidas cautelaras já que se trata de um paciente idoso e acometido por doenças graves – diabete tipo 2, hipertensão e cardiopatia – stent – é uma prótese inserida para restaurar o fluxo sanguíneo.
De acordo com a decisão, a desembargadora do Tribunal de Justiça do Estado, Elizabete Anache, determinou substituição da prisão preventiva por medidas cautelares diversas da prisão. Diante disso, Cezário irá usar tornozeleira eletrônica, está proibido de manter contato
com os demais acusados e testemunhas.
Além disso, está proibido de se ausentar da comarca por mais de oito dias sem o prévio conhecimento e anuência do juiz, proibição de mudança de endereço sem a prévia comunicação, proibição de comparecer à sede da FFMS e suspensão de qualquer função na federação de futebol.
Ao Diário Digital, o advogado de defesa, informou que o Tribunal de Justiça de MS atuou de maneira rápida e garantiu a liberdade a Francisco. "Para que ele possa cuidar da saúde que está muito debilitada e também possa se ocupar da defesa que irá se apresentar ao judiciário. Em um momento oportuno, ele irá esclarecer tudo aquilo que é objeto da acusação", finalizou Borges.
Operação "Cartão Vermelho" – Francisco Cezário e outros 6 investigados são acusados por desviar mais de R$ 6 milhões do esporte entre o ano de 2018 a fevereiro de 2023. Já no dia 28 de maio, Cezário não compareceu para prestar depoimento à sede do Gaeco.
Já os demais investigados, chegaram a ir ao Gaeco, porém, apenas os dois sobrinhos de Cezário prestaram depoimento alegando que apenas eram prestadores de serviço. Desta forma, Cezário e outros seis alvos da ação foram denunciados pelo Gaeco pelos crimes de peculato – desvio de dinheiro ou bem público, liderar organização criminosa, furto qualificado, falsidade ideológica e lavagem de dinheiro.