Sobre a Defesa do Corpo Humano nos Séculos Futuros (por Tácito Loureiro)
Postado
03/05/2025 06H55

Neste século e nos que se seguirem, a maior tarefa das religiões será defender que o corpo humano permaneça humano, e que nada da tecnologia seja introduzido no corpo físico do homem, exceto em casos excepcionais em que essas tecnologias curem lesões e problemas de saúde. Este argumento fundamenta-se não apenas na razão humana, mas também na fé e na revelação divina.
Primeiro, o corpo humano é obra de Deus, conforme está escrito no Gênesis: E o Senhor Deus formou o homem do pó da terra e soprou em suas narinas o fôlego de vida, e o homem tornou-se um ser vivente” (Gênesis 2:7). Portanto, o corpo humano não é matéria a ser modificada arbitrariamente, mas é sagrado e digno, pois foi criado à imagem de Deus. Qual é a intenção do homem que tenta alterar seu próprio corpo, obra de Deus? Não seria isso desprezar o dom divino e rejeitar a graça com a qual Ele nos elevou?
Segundo, a tecnologia, embora útil e necessária em muitos aspectos, não deve ultrapassar os limites do corpo humano. Em casos excepcionais, onde há lesões e problemas de saúde, a tecnologia pode auxiliar na restauração da saúde. Mas isso deve ser feito com extrema cautela e respeito pela integridade do corpo humano. Não é permitido transformar o corpo humano em um instrumento de experimentação, mas sim mantê-lo como Deus o criou.
Terceiro, defender o corpo humano é defender a dignidade humana. O homem não é uma máquina nem algo que possa ser reduzido à perfeição mecânica. O homem é espírito e carne, alma e corpo, uma unidade que não deve ser separada. Sempre que o corpo humano é alterado, a alma humana também é modificada. Não é permitido que nossa alma, que busca Deus, seja transformada em máquina. Esse é o perigo que nos ameaça neste século e nos próximos.
Quarto, a fé e a caridade nos exortam a defender o corpo humano. A fé nos ensina que o corpo humano é “templo do Espírito Santo” (1 Coríntios 6:19). A caridade, por sua vez, nos impele a amar o próximo como a nós mesmos. Não é caridade se usamos o corpo do próximo como experimento ou o expomos ao perigo. Defender o corpo humano é defender o homem em sua integridade e dignidade.
Em conclusão, neste século e nos que virão, a maior missão das religiões será garantir que o corpo humano permaneça humano. Isso não é apenas um argumento contra a tecnologia, mas uma afirmação da fé, da dignidade e da caridade. O corpo humano é sagrado, e nós, que vivemos na fé, devemos defendê-lo para que, neste mundo, mesmo em meio às tentações e perigos, a luz de Deus continue a brilhar.
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