24 de março de 2025. Brasil. O Dia Nacional do Estudante é celebrado em meio a um cenário de crise global: o Capitalismo, em sua fase terminal, gera desigualdade extrema, colapso ambiental e uma epidemia de vazio existencial. Nas escolas, os alunos são treinados para obedecer, reproduzir e servir ao sistema. Mas uma professora, Marina Rocha, desafia essa lógica.
Marina, uma Professora de Filosofia em uma escola pública decadente, propõe uma pergunta aos alunos: "O que vocês fariam se soubessem que o mundo que conhecem vai acabar?" Entre os estudantes, Lucas, um jovem silencioso e observador, responde: "Eu inventaria um novo jeito de viver." A sala ri, mas Marina percebe algo nele. Ela desafia a turma a criar, em um mês, um projeto que mude a escola – e, por extensão, o mundo.
Lucas e um grupo de estudantes começam a questionar tudo: por que estudam fórmulas que não entendem? Por que aceitam um futuro de empregos sem sentido? Eles decidem hackear o sistema: criam uma "Universidade Livre" clandestina nos fundos da escola, onde aprendem não para passar em provas, mas para resolver problemas reais.
Lucas duvida da própria capacidade. A família, operária, o pressiona a "estudar para conseguir um emprego".
A diretoria da escola descobre o projeto e ameaça expulsá-los. O sistema não tolera pensamento livre.
Marina é demitida ilegalmente por "subversão". Os alunos precisam escolher: desistir ou ir até o fim.
No Dia Nacional do Estudante, os jovens ocupam a escola e transmitem ao vivo uma "Aula Pública", expondo as falhas do sistema educacional e propondo um novo modelo:
- Pensamento Profundo: Filosofia como método de questionamento radical.
- Criatividade Aplicada: Ciência voltada para invenções que libertem, não que gerem lucro.
- Relacional: aprendizado coletivo, sem hierarquias rígidas.
- Prático: soluções para energia limpa, alimentação comunitária, tecnologia descentralizada.
O vídeo viraliza. Outras escolas se rebelam. A onda de rebelião que se espalhou pelas escolas não foi um mar de rosas. Houve resistência, medo e até mesmo traição. Alguns alunos, seduzidos pela promessa de segurança e estabilidade do sistema antigo, tentaram sabotar o movimento. Outros, consumidos pelo cinismo, rudiculalizaram a utopia dos rebeldes. Mas, no meio do caos, algo extraordinário começou a acontecer: o medo se transformou em coragem, a dúvida em convicção e a apatia em ação. Aos poucos, a semente da mudança começou a germinar, enraizando-se no solo fértil da juventude.
O movimento não "derruba" o Capitalismo de imediato, mas planta a semente de algo maior. Lucas e os amigos fundam uma rede de "Escolas do Fim do Mundo", onde o conhecimento não é mercadoria, mas ferramenta de libertação. Marina, agora uma líder intelectual, escreve: "O Capitalismo está em decadência e logo será superado por gerações que aprenderam a pensar – e, por isso, recusaram-se a reproduzi-lo."
Lucas, anos depois, olha para uma nova turma e repete a pergunta que mudou sua vida:
"O que vocês fariam se soubessem que o mundo que conhecem vai acabar?"