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O Fio Partido da Comunidade (por Tácito Loureiro)

Publicada em: 30/04/2025 06:44 - Geral

Imagine uma pequena vila à beira de um rio, onde todas as famílias vivem em harmonia. O rio é sagrado: fornece água, alimento e é o coração das histórias ancestrais. As crianças brincam na margem, os idosos contam lendas sobre o "Fio Dourado" que liga todos os moradores — símbolo de dignidade, respeito e proteção mútua. 

Um dia, uma empresa despeja resíduos tóxicos no rio. A água escurece, peixes morrem, crianças adoecem. Os moradores sentem-se traídos, humilhados e impotentes. Cada família tenta processar a empresa individualmente, mas são ignoradas ou recebem compensações insignificantes. O "Fio Dourado" se rompe: a comunidade se divide, o medo e a desesperança substituem a confiança. 

Uma avó sábia reúne a vila e conta a história de um pássaro que, sozinho, não podia carregar uma semente, mas com o bando, refloresta uma montanha. Ela propõe uma ação coletiva: "Se nosso dano é coletivo, nossa voz deve ser coletiva." Os moradores tecem novamente o "Fio Dourado", agora mais forte, simbolizando a união para exigir reparação não só material, mas moral — pelo desrespeito à sua história e dignidade. 

A vila vence a batalha legal com base no dano moral coletivo. O rio é recuperado, e o "Fio Dourado" brilha novamente, agora entrelaçado com novos fios de outras comunidades. A mensagem final mostra outras "vilas" (cidades reais) se unindo, enquanto uma narração diz: 

Quando um grupo perde sua dignidade, toda a sociedade sangra. 

Mas quando leis protegem o nós, o futuro se reconstrói. 

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