Hoje, 8 de agosto, é o Dia Mundial do Pedestre! Data sagrada para celebrar o único ser vivo que, em tese, tem prioridade no trânsito, mas na prática é tratado como um obstáculo móvel com pernas. Uma espécie em extinção, acuada entre carros, motos que sobem calçada, bicicletas elétricas silenciosas e buracos que engolem tornozelos.
Estatística chocante: 99,9% dos pedestres já foram atropelados pelo olhar de um motorista impaciente enquanto tentavam usar uma faixa de segurança – aquela pintura desbotada no asfalto que serve mais como sugestão artística do que como proteção. "Prioridade? Só se for prioridade de ser atropelado", filosofa um anônimo, pulando sobre um esgoto aberto que cruza a calçada.
As comemorações incluem: tentar atravessar uma avenida em menos de 15 segundos (modalidade olímpica brasileira), encontrar uma calçada sem carro estacionado (lenda urbana) e não ser xingado ao usar o direito de existir em via pública (milagre)
O pedestre é o herói anônimo que arrisca a vida para comprar pão, o mártir que espera o semáforo fechar para os carros começarem a andar, o iludido que acredita que "Pare" significa pare. Seu maior inimigo? O "só um minutinho" do motorista em fila dupla.
Neste dia, honremos o pedestre! Pise no mato! Ande na contra-mão da esteira rolante! Exija asfalto nas calçadas! Afinal, ele é a prova viva de que o ser humano ainda consegue andar... mesmo quando tudo conspira para que ele compre um carro.