Quatro atletas e dois técnicos foram convocados para os Jogos Parapan-Americanos de Jovens 2025, que acontecem no Chile, de 31 de outubro a 9 de novembro. O evento multiesportivo é voltado para atletas com deficiência, com idades entre 12 e 21 anos, realizado a cada quatro anos. Os representantes são das modalidades judô, bocha, futebol PC e futebol de cegos.

Para competir em nível internacional, um dos selecionados foi o atleta de judô, Gabriel Ferreira Rodrigues. “É um sentimento de alegria e gratidão ao mesmo tempo, pois mostra que o trabalho de base está sendo muito bem feito e rendendo frutos”, exclama Amanda Velasco de Oliveira, Coordenadora do Centro de Referência do Paralímpico de Campo Grande, contando que Gabriel faz parte do centro desde o início, em 2021.

Atleta de judô Gabriel Ferreira Rodrigues e sua técnica Anne Talitha Almeida (Foto: Centro de Referência Paraolímpico)

Na mesma modalidade, a técnica Anne Talitha Almeida Silva também foi convocada para representar o Brasil nos Jogos Parapan-Americanos no Chile. Ela atua no judô há 20 anos, exerce a função de auxiliar técnica da Seleção Brasileira de Judô para cegos e já participou dos Jogos Paralímpicos de Paris.

“Olhando para tudo o que já conquistei, sinto imensa gratidão em poder contribuir para o fomento e evolução do esporte paralímpico aqui no nosso estado e utilizar o esporte como ferramenta de habilitação e reabilitação na vida da pessoa com deficiência”, destaca a técnica Anne Talitha.

Na modalidade de futebol PC (Paralisia Cerebral) foram convocados os atletas Lucas Gabriel Maciel Delmondes e Edivandro dos Santos Siabra. Já o técnico Leonardo Carlotto Ribas foi chamado para o futebol de cegos.

 professor Dertagnan Guilherme da Silva acompanha Lucas desde 2020 e Edivandro desde 2021. “Sentimento de realização, pois trabalhamos pensando sempre no melhor e nas conquistas dos nossos atletas. São degraus conquistados com esforço e dedicação”, conta o professor.

Edivandro e Lucas Gabriel (Foto: Centro de Referência Paralímpico de Campo Grande)

A mãe do atleta Lucas, Eliana Maciel da Silva, conta que o professor Dertagnan enxergou habilidades nele desde o primeiro treino. “E o nosso sentimento é de gratidão a Deus e a essas pessoas que participaram da trajetória dele até aqui. O Lucas é um adolescente que veio para a minha vida prematuro, com sequelas da prematuridade, e vem se superando cada dia mais”, relata.

Na modalidade bocha paralímpica, a atleta convocada foi Clarice Farias Sobreira. A competição consiste em lançar bolas coloridas o mais perto possível de uma branca, chamada de jack ou bolim.

Atleta de bocha Clarice Farias durante competição (Foto: Centro de Referência Paraolímpico).