Onças do Pantanal foram envenenadas com agrotóxico proibido no Brasil

A Polícia Federal concluiu as investigações relacionadas à morte de duas onças e outros 18 animais por suspeita de envenenamento na região do Abobral, no Pantanal Sul-Mato-Grossense, em Corumbá.

Os fatos chegaram ao conhecimento da Polícia Federal em 15 de junho do ano passado. Dias antes, equipe do Instituto Reprocon (reprocon.org) fez incursão em campo para rastreamento do colar de GPS instalado em um dos animais monitorados pelo grupo, pois, o colar em questão havia emitido sinal referente ao sensor de mortalidade.

O equipamento foi localizado e junto a ele, o cadáver do animal, tratando-se de uma onça-pintada, já em estado avançado de decomposição.

Nas proximidades do animal morto monitorado havia outra onça também morta e outros 18 animais na mesma situação, o que levantou a suspeita de envenenamento.

Na ocasião foi colhido material da onça (porção de fígado de onça macho), que foi encaminhado para exame pericial em Brasília, cujo resultado confirmou a presença de “carbofurano”, agrotóxico de venda proibida no Brasil desde 2017 por ser extremamente tóxico, mas facilmente encontrado do Paraguai.

Conforme apontou o laudo, o uso do “carbofurano para envenenamento intencional de animais domésticos e selvagens tem sido frequentemente descrito em publicações científicas como um dos praguicidas mais comuns para esse fim”.

“Com a conclusão das investigações, os responsáveis foram identificados e indiciados pela morte das onças e dos demais animais”, informou a PF, em nota. Entretanto, a Polícia Federal não detalhou a quantidade de indiciados e nem se eles são fazendeiros ou empregados de propriedades rurais.

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