Atenção, marmanjos da imprensa! Parem as rotativas! Desliguem os teleprompters! Esqueçam o furo pela milionésima vez! O Brasil não é um país, é um paciente em coma na UTI da desigualdade. E adivinhem? Jogar informação crua, sem contexto, sem explicação, nesse paciente, é como dar bisturi na mão de um macaco: o caos é garantido! A função primordial da imprensa num esgoto a céu aberto chamado "subdesenvolvimento" não é informar. É EDUCAR! Sim, educar, com "E" de "Eh, povo, acorda!" e "C" de "Chega de achismo!".
Informar que o dólar subiu? Ótimo! Só falta explicar porque isso faz o feijão virar caviar nas prateleiras do Assaí. Noticiar um novo imposto? Maravilha! Agora, desenhe pra Dona Maria que isso significa menos pão com mortadela no fim do mês. O jornalismo "só-fatos-senhor-delegado" é fábrica de desigualdade! Vira arma nas mãos dos tubarões. O pobre lê "mercado em alta" e pensa: "Bom pra eles!". O rico lê e compra mais uma ilha particular.
O Brasil precisa de imprensa-escola! De notícia com manual de instruções! De jornal que, ao invés de só vomitar o escândalo do dia, ensine PORQUE aquele escândalo apodrece a democracia. Que transforme a CPI em aula de cidadania, a eleição em curso de "como não ser enganado por charlatão", e a economia em cartilha de sobrevivência. Não é doutrinar! É iluminar o caminho, mostrar as armadilhas, apontar quem tá enfiando a mão no seu bolso!
Senhores donos de jornal, editores-chefes e âncoras de cabelo impecável: querem realmente mudar esse País? Parem de servir informação fast-food. Cozinhem um banquete de entendimento! Porque informar um povo perdido no labirinto da ignorância imposta... é como dar mapa em hieróglifos pra um analfabeto. Aí não adianta chorar quando ele elege o primeiro picareta que promete decifrar! Educação jornalística: urgente e necessária. Ou continuaremos sendo o País do futuro... que nunca chega. Fim de papo, cambada!